Crônica
Em uma ensolarada tarde de domingo. À sombra de uma laranjeira havia uma garota solitária e tristonha lendo um livro, cabisbaixa. A menina era muito bela, mas algo em seus olhos mostrava que ela sentia um enorme perda. Poucos se aproximavam daquela bela moça, mas seu jeito misterioso chamava muita atenção dos garotos que por ali passaram.
Eu observei aquela garota de longe e percebi que mesmo ela sendo uma das mais belas meninas, ninguém se aproximava dela, embora ela mostrasse aquele olhar tão triste e solitário. Foi então que resolvi me aproximar e descobrir o motivo de tanto sofrimento estampado em apenas um olhar.
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Andei até a laranjeira, onde a garota estava sentada, sentei ao seu lado e lhe perguntei seu nome. Um pouco fria, ela me respondeu que se chamava Natália.
_ Natália, posso saber o porquê de uma menina como você estar sozinha em uma tarde bonita dessas sem ninguém para conversar? Perguntei.
_ Não tenho vontade conversar com ninguém. Respondeu ela.
_ Não diga isso! Ter amigos com quem conversar é a melhor coisa da vida. Insisti.
_ Você está enganada. A melhor coisa da vida é ter uma família, uma boa casa, onde você possa voltar.
_ Mas por que você me diz isso? Você não tem uma família?
_ Isso mesmo! Não tenho uma família, pois minha mãe me abandonou ainda bebê, desde então eu vivo com a Dona Tânia, que não gosta, nem um pouquinho que seja, de mim. Me criou apenas para que eu lhe ajudasse trabalhando como garçonete no seu bar e depois ainda tenho que limpar a casa toda para ela. Desabafou Natália.
_ Ah, então é por isso que você tem este olhar triste? Mas não se preocupe agora eu e você seremos eternas amigas.
Natália encerrou o nosso diálogo confessando que nunca havia se sentido tão bem em conversar com alguém. Ela acreditava que daquele dia em diante seríamos grandes amigas. E assim nos despedimos prometendo nos reencontrar no dia seguinte na escola.
Helen Hammes
Turma 2ª 04
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