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A dor da culpa

Fonte da imagem: http://pantokrator.org.br
Rafael era o príncipe sonhado por todas as garotas. Alto, olhos verdes, cabelos negros, pele clara e um sorriso encantador que faz qualquer garota se derreter. Mas, apesar dessas características, ele era um garoto calado, sério e misterioso. Muito diferente dos meninos da sua idade, que adoravam brincar, curtir e se divertir. Muitos achavam que ele teria ficado assim após a morte de Catarina (sua namorada), que havia sido encontrada morta no quarto dele. As pessoas (principalmente da sua família) acreditavam que ele teria ficado louco com a morte, por isso seus pais o internaram em uma clínica de reabilitação.


Meses depois de ter se "recuperado", ele retorna à sua cidade tentando mudar de vida, esquecer o passado, esquecer a sua namorada ou lembrar só das coisas boas do relacionamento dos dois. Antônia (amiga de sua falecida namorada) marca um encontro com ele para conversarem sobre a morte de sua amiga. Ela estava preocupada com o Rafael, pois ele andava muito mais misterioso que antes de ir pra clínica. 

Os dois se encontram e depois de algumas horas de conversa, a amiga revela que o namoro da amiga com Rafael não era lá um mar de rosas, pois sempre que as amigas se encontravam, Catarina chorava e dizia que o amava muito, mas que ele não a amava, ou pelo menos não demonstrava. De repente, Antônia começa a chorar, Rafael a consola e pergunta o que aconteceu. A garota lhe revela que a morte da amiga não havia sido um acidente e sim um suicídio. Catarina havia se matado por um amor não correspondido. O garoto fica desesperado se culpando pela morte da "amada". Antônia tenta consolá-lo também, mas os dois estão tristes e com saudades de Catarina. Depois de algum tempo só chorando, os dois voltam a conversar e Rafael revela que nunca amou Catarina de verdade, mas também não queria fazer a garota sofrer. Do contrário, ele só queria vê-la feliz. 

Antônia, então, o questiona:
-Do que adiantou isso, se quem matou Catarina foi o amor que você não deu a ela? Rafael fica sem palavras, apenas levanta e volta para casa. Chegando lá, sobe para o seu quarto, que desde a morte de Catarina não havia entrado mais naquele lugar. Quando entra, encontra tudo arrumado e limpo. Provavelmente, a sua mãe teria arrumado tudo. Ele deita na cama, lembra de todos os momentos que teve ao lado de Catarina e sente-se ainda mais culpado. Se levanta, sai do quarto e segue o corredor  até o quarto dos pais, abre o guarda roupa e pega a arma que o pai guardava por medo de assaltos. Retorna para o seu quarto aponta a arma para a própria cabeça e diz para si mesmo:
- Não poderei viver com essa culpa e muito menos viver sem a sua amizade, sem seu amor, sem seu carinho.

Rafael atira contra a sua cabeça e cai no chão ainda com a arma na mão. Talvez agora, ele poderá fazê-la feliz em um outro lugar.

Maria Eduarda Garcia da Silva
Suzani Santos de Oliveira
Turma 2ª 08 

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