Reportagem
O professor Jackson também defende que há necessidade de “um técnico de laboratório para auxiliar nas aulas, manipulando os materiais”. Essa necessidade também é reconhecida pela professora Rosângela, da direção, além de novos materiais para esse local. Os mesmos salientam que já foi elaborado um projeto e enviado à Secretaria de Estadual de Educação para que a escola tenha um técnico ou professor disponível para esse departamento para auxiliar professores e alunos, mas até o mês de outubro de 2012, ainda não havia obtido nenhuma resposta. Enquanto isso, o laboratório de ciências da Escola Maria da Glória não tem sido usado adequadamente por seus professores e alunos.
Há aproximadamente 20 anos que existe o laboratório de ciências na Escola Professora Maria da Glória, em Biguaçu. Foi montado para trabalhar com as disciplinas de: química, biologia, física e matemática. Na maior parte desse tempo não foi usado a serviço dos professores e alunos, conforme se esperava que acontecesse quando esse departamento foi montado.
Para descobrirmos por que o laboratório de ciências não é utilizado pelos professores e alunos, entrevistamos alguns educadores dessas áreas e uma representante da direção da escola. De acordo com o professor de física, Wagner Floriano, o laboratório de ciências é importante porque ajuda os alunos a praticarem o que é ensinado na sala de aula, não ficando apenas na teoria. O professor de biologia, Francisco Sodré, acrescenta ainda que “existem determinados conceitos que precisam de experimentação prática, para poderem ser melhor entendidos e o laboratório é essencial para isso”. O auxiliar da coordenação pedagógica, Jackson Ávila, defende também que “é de suma importância para que os alunos passem a vivenciar na prática, a teoria estudada em sala de aula”. A representante da direção, professora Rosângela dos Santos também concorda que o laboratório é importante para que se adquira a prática e os estudos não fique somente a teoria. De acordo com a professora de biologia, Andresa, o laboratório é importante, pois facilita o aprendizado, “uma vez que os alunos vivenciam os conteúdos adquiridos nas aulas teóricas”. Ainda segunda ela, “somente neste tipo de aula os alunos utilizam os materiais, manuseiam equipamentos, presenciam fenômenos e organismos que podem ser observados a olho nu ou com a ajuda de microscópios”. Outro ponto levantado é que, “nas aulas práticas, os alunos avaliam resultados, testam experimentos e, assim, exercitam o raciocínio, solucionam problemas e são estimulados ao desafio”.
Segundo o professor Wagner Floriano, o “laboratório de ciências não costuma ser usado porque precisa de um professor exclusivo para tal finalidade, além disso, não possui recursos suficientes para seu funcionamento”. De acordo com o professor Francisco Sodré, o laboratório não tem curador, que é a pessoa responsável pela sua manutenção e o professor de sala de aula não tem condição de fazer isso, já que sai de uma aula e vai para outra sem intervalo. Ainda segundo o professor Francisco, são apenas duas aulas por semana e o número de alunos excede a capacidade do laboratório. O professor Jackson acrescenta que os professores também não utilizam a sala pela periculosidade do local, por não ter manutenção. A representante da direção, professora Rosângela também destaca a falta de “um professor adaptado para aquela área, para auxiliar o professor da matéria”. De acordo com Andresa, os professores das disciplinas que poderiam se utilizar do laboratório têm uma carga horária de trabalho elevada para poderem receber um salário digno não sobrando tempo para preparar aulas e corrigir provas e trabalhos. Então fica difícil preparar aulas praticas que exigem muito tempo, sem falar na falta de materiais no laboratório.
Não nos foi permitida a entrada no laboratório de ciências, por isso fizemos esta foto da porta da sala fechada para informar que o laboratório realmente não é aproveitado por alunos ou professores. |
Segundo o professor Wagner Floriano, o “laboratório de ciências não costuma ser usado porque precisa de um professor exclusivo para tal finalidade, além disso, não possui recursos suficientes para seu funcionamento”. De acordo com o professor Francisco Sodré, o laboratório não tem curador, que é a pessoa responsável pela sua manutenção e o professor de sala de aula não tem condição de fazer isso, já que sai de uma aula e vai para outra sem intervalo. Ainda segundo o professor Francisco, são apenas duas aulas por semana e o número de alunos excede a capacidade do laboratório. O professor Jackson acrescenta que os professores também não utilizam a sala pela periculosidade do local, por não ter manutenção. A representante da direção, professora Rosângela também destaca a falta de “um professor adaptado para aquela área, para auxiliar o professor da matéria”. De acordo com Andresa, os professores das disciplinas que poderiam se utilizar do laboratório têm uma carga horária de trabalho elevada para poderem receber um salário digno não sobrando tempo para preparar aulas e corrigir provas e trabalhos. Então fica difícil preparar aulas praticas que exigem muito tempo, sem falar na falta de materiais no laboratório.
Na visão do professor Francisco Sodré, é necessário que esse departamento tenha um responsável que cuide da manutenção do mesmo, além de precisar de mais aulas para que o professor possa organizar as visitas dos alunos ao laboratório. Segundo o professor Wagner, esse departamento necessita “de novos equipamentos” e de capacitação dos profissionais através de investimentos do governo, para que os alunos sejam beneficiados e o aprendizado se torne mais eficaz. Para a professora Andresa, é necessário "que o governo cumpra a sua própria Instrução Normativa/SED nº 10/2011/2012, no item 12.2, que estabelece que toda escola possua um laboratório de Química, Física, Biologia e Matemática e disponibilize um professor orientador de laboratório, com licenciatura na disciplina/área, com carga horária de 20 horas para cada turno de funcionamento da escola", isto é, 40 horas no diurno e 20 horas no noturno.
O professor Jackson também defende que há necessidade de “um técnico de laboratório para auxiliar nas aulas, manipulando os materiais”. Essa necessidade também é reconhecida pela professora Rosângela, da direção, além de novos materiais para esse local. Os mesmos salientam que já foi elaborado um projeto e enviado à Secretaria de Estadual de Educação para que a escola tenha um técnico ou professor disponível para esse departamento para auxiliar professores e alunos, mas até o mês de outubro de 2012, ainda não havia obtido nenhuma resposta. Enquanto isso, o laboratório de ciências da Escola Maria da Glória não tem sido usado adequadamente por seus professores e alunos.
Jéferson Lauro de Aquino
Jonas Schmitt
Juliano André Cardoso Silva
Mayara de Lima Barbosa
Turma 3ª 01