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Um laboratório para as moscas?

Reportagem


Há aproximadamente 20 anos que existe o laboratório de ciências na Escola Professora Maria da Glória, em Biguaçu. Foi montado para trabalhar com as disciplinas de: química, biologia, física e matemática. Na maior parte desse tempo não foi usado a serviço dos professores e alunos, conforme se esperava que acontecesse quando esse departamento foi montado.

Não nos foi permitida a entrada no laboratório de 
ciências, por isso fizemos esta foto da porta da sala 
fechada para informar que o laboratório realmente 
não é aproveitado por alunos ou professores.
Para descobrirmos por que o laboratório de ciências não é utilizado pelos professores e alunos, entrevistamos alguns educadores dessas áreas e uma representante da direção da escola. De acordo com o professor de física, Wagner Floriano, o laboratório de ciências é importante porque ajuda os alunos a praticarem o que é ensinado na sala de aula, não ficando apenas na teoria. O professor de biologia, Francisco Sodré, acrescenta ainda que “existem determinados conceitos que precisam de experimentação prática, para poderem ser melhor entendidos e o laboratório é essencial para isso”. O auxiliar da coordenação pedagógica, Jackson Ávila, defende também que “é de suma importância para que os alunos passem a vivenciar na prática, a teoria estudada em sala de aula”. A representante da direção, professora Rosângela dos Santos também concorda que o laboratório é importante para que se adquira a prática e os estudos não fique somente a teoria. De acordo com a professora de biologia, Andresa, o laboratório é importante, pois facilita o aprendizado, uma vez que os alunos vivenciam os conteúdos adquiridos nas aulas teóricas”. Ainda segunda ela, “somente neste tipo de aula os alunos utilizam os materiais, manuseiam equipamentos, presenciam fenômenos e organismos que podem ser observados a olho nu ou com a ajuda de microscópiosOutro ponto levantado é quenas aulas práticas, os alunos avaliam resultados, testam experimentos e, assim, exercitam o raciocínio, solucionam problemas e são estimulados ao desafio. 

Segundo o professor Wagner Floriano, o “laboratório de ciências não costuma ser usado porque precisa de um professor exclusivo para tal finalidade, além disso, não possui recursos suficientes para seu funcionamento”. De acordo com o professor Francisco Sodré, o laboratório não tem curador, que é a pessoa responsável pela sua manutenção e o professor de sala de aula não tem condição de fazer isso, já que sai de uma aula e vai para outra sem intervalo. Ainda segundo o professor Francisco, são apenas duas aulas por semana e o número de alunos excede a capacidade do laboratório. O professor Jackson acrescenta que os professores também não utilizam a sala pela periculosidade do local, por não ter manutenção. A representante da direção, professora Rosângela também destaca a falta de “um professor adaptado para aquela área, para auxiliar o professor da matéria”. De acordo com Andresa, os professores das disciplinas que poderiam se utilizar do laboratório têm uma carga horária de trabalho elevada para poderem receber um salário digno não sobrando tempo para preparar aulas e corrigir provas e trabalhos. Então fica difícil preparar aulas praticas que exigem muito tempo, sem falar na falta de materiais no laboratório.

Na visão do professor Francisco Sodré, é necessário que esse departamento tenha um responsável que cuide da manutenção do mesmo, além de precisar de mais aulas para que o professor possa organizar as visitas dos alunos ao laboratório. Segundo o professor Wagner, esse departamento necessita “de novos equipamentos” e de capacitação dos profissionais através de investimentos do governo, para que os alunos sejam beneficiados e o aprendizado se torne mais eficaz. Para a professora Andresa, é necessário "que o governo cumpra a sua própria Instrução Normativa/SED nº 10/2011/2012, no item 12.2, que estabelece que toda escola possua um laboratório de Química, Física, Biologia e Matemática e disponibilize um professor orientador de laboratório, com licenciatura na disciplina/área, com carga horária de 20 horas para cada turno de funcionamento da escola", isto é, 40 horas no diurno e 20 horas no noturno.

O professor Jackson também defende que há necessidade de “um técnico de laboratório para auxiliar nas aulas, manipulando os materiais”. Essa necessidade também é reconhecida pela professora Rosângela, da direção, além de novos materiais para esse local. Os mesmos salientam que já foi elaborado um projeto e enviado à Secretaria de Estadual de Educação para que a escola tenha um técnico ou professor disponível para esse departamento para auxiliar professores e alunos, mas até o mês de outubro de 2012, ainda não havia obtido nenhuma resposta. Enquanto isso, o laboratório de ciências da Escola Maria da Glória não tem sido usado adequadamente por seus professores e alunos.

Jéferson Lauro de Aquino
Jonas Schmitt
Juliano André Cardoso Silva
Mayara de Lima Barbosa
Turma 3ª 01

Expressão do aluno: proibir ou dialogar?


Artigo de opinião

A Escola Maria da Glória, em nome da censura e do zelo pela própria instituição, perdeu uma importante oportunidade para dialogar com os seus alunos a respeito dos problemas dessa comunidade escolar, cuja solução é de interesse de todos. Trata-se discussão levantada nesta semana por causa da fanpage Maria da Depressãocriada recentemente no Facebook por um aluno do 3º ano do ensino médio da referida escola.


Fonte da imagem: prosaepolitica.com.br

Obviamente, não concordei com tudo que foi postado na fanpage, mesmo se tratando de humor. Discordo da ideia de que o Maria da Glória é uma escola muito desorganizada e inferior às outras de Biguaçu ou qualquer outra que seja. Conheço escolas estaduais na Grande Florianópolis em situações bem mais críticas do que a nossa . Não dá também para se comparar com escolas particulares. O ritmo da escola pública é bem de diferente, mas não quer dizer que seja inferior. Gosto de trabalhar no Maria da Glória, pela sua estrutura, pelas pessoas que estudam e trabalham lá, apesar das limitações que muitas vezes têm me decepcionado e impossibilitado de fazer um trabalho melhor.


Mas por outro lado, defendo a liberdade de expressão e a crítica com humor, desde que não se exponha ninguém a algum tipo de constrangimento, citando nomes ou apresentando alguma imagem pessoal. Creio que, por imaturidade de nossos internautas, esse pecado foi cometido. No entanto, não seria o caso de pôr fim a essa página do Facebook. Nada que um pedido de desculpas na própria fanpage e o apagamento de imagens e citações, que comprometiam a algumas pessoas, não resolvessem. 

Ao invés de se orientar para o uso responsável desta importante mídia e aliada da educação moderna, que é a internet, optou-se pela proibição, pela censura, pelo fim do espaço Maria da Depressão. Afinal, proibir é mais fácil do que dialogar, do que instruir, do que educar.

A favor do diálogo e do uso da mídia na escola.

Reginaldo Amorim de Carvalho
Professor de Português/Literatura

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O que você espera do seu futuro?

Reportagem

Na sociedade moderna, as pessoas andam cada vez mais preocupadas e uma das suas maiores aflições se diz respeito ao seu próprio futuro. Para entendermos o que se pensam sobre este tema, entrevistamos alguns jovens para mostrar um pouco mais sobre este assunto.

Fonte da imagem:
www.salada-inteligente.blogspot.com
Para José Augusto Anderson, 19 anos, graduando em sistemas eletrônicos pelo IFSC, a sua preocupação é “ter um bom emprego e uma boa qualidade de vida, construir uma família, ter uma casa, um carro”. Já Maria Eduarda, 16 anos, aluna do último ano do ensino médio, pretende trabalhar, fazer uma faculdade e iniciar uma carreira na área da moda. Davi Lopes Vieira, 18 anos, que já concluiu a educação básica, sonha em fazer uma faculdade de engenharia da computação, conseguir um emprego nessa área, ter um bom salário, casar e ter 2 filhos. Aline Decker, 16 anos, estudante do ensino médio, assim como os demais entrevistados, sonha também em fazer uma faculdade e ser bem sucedida na vida. Como se percebe, a maioria dos entrevistados reconhece que para atingir seus objetivos precisam se dedicar ao estudo (para muitos, isso equivale concluir o ensino superior) e ao trabalho, lutar pelos seus ideais até conquistar os seus objetivos.

Fonte da imagem:
tv.cancaonova.com
Segundo José Augusto, o fato de ter estudado em escolas públicas, não impediu seu acesso ao ensino superior em uma instituição federal. Davi Lopes acredita que quem estuda em escolas particulares tem suas vantagens, mas mesmo assim precisa se esforçar para atingir seus objetivos. Já Aline Decker acha que depende da instituição, pois existem escolas públicas que também são de boa qualidade.

Quanto à qualificação profissional, José Augusto acredita que por mais que a pessoa esteja preparada é preciso estar sempre se atualizando. Por isso ele pretende continuar se aperfeiçoando mesmo depois de concluir o curso superior.

Enfim, a maioria dos jovens pretende continuar estudando e se atualizando. Eles esperam, no futuro, fazer um curso superior, ser qualificado o suficiente para adquirir um bom emprego, alcançando assim seus objetivos que, na opinião dos entrevistados, se resume em qualificação profissional e estabilidade financeira.  Sem dúvida, é um aspecto positivo, levando-se em conta que muitas pessoas hoje em dia deixam os estudos antes de concluírem o ensino médio.

Gustavo Kuhn Neto
Patrick Vieira Ramos
Turma 3ª 03